Das vaidades se fez o circo armado;
A Bailarina mostrou-se em total formosura,
primando pela atenção do Malabarista
e atraindo o coração do Palhaço;
O público aplaudiu e muito se comentou...
A Bailarina bailava com um e com o outro;
Mostrou-se sorrindo, lindamente, ao Palhaço
que por ela se apaixonou e profundamente a amou!
Mas, era do malabarista aquele coração!
E por fim, o Malabarista, que por ela sofreu,
pode abraça-la e dizer que sempre a amou
e que era dela toda a sua emoção.
O Palhaço chorou tanto, que tornou-se risível!
E se recolheu, cabisbaixo, sentindo-se desprezível...
E sob os desenhos, máscaras do sorriso,
carrega na face olhos e lábios chorosos.
O triste espetáculo é findo,
e sai do picadeiro aplaudido pela plateia.
Bravo! Bravo! Extasiavam-se de tanto rir...
Vivem juntos a Bailarina e o Malabarista,
numa tumultuada e feliz relação!
Ao Palhaço de destemido coração,
restou o consolo de ter oferecido
de piada sua vida e seu coração,
alegrando a Bailarina e o Malabarista
e oferecendo ao circo muita diversão!
Julio Silva
