218 Dois porques

Dádivas da vida presente nos enfeitam
permitem ao belo em luzes o eclodir
Em cada canto que pode se manifestar
a vida se apresenta em suas formas

Vistas cores e em características únicas 
não teríamos um porque e sim dois
Imagens assim surgem a nos explicar
lendo ao coração e não apenas à razão

Se ela tem bons porques a contemplar
Em seus sorrisos e olhares são motivos 
Um porque amo sem ter explicações 
Seria o outro achar-me em reflexos 

Olhos que me traduzem as buscas
Luares marés montanhas flores 
Hoje e desde de que a vi sorrir 
Os olhos castanhos esverdeados
Se ao espelho vou acho-os no olhar