Se deseja encontrar água, cave bem abaixo dos teus pés!
Tal frase chegou em oportuno momento. Questionava, então, porque de permanecer em dado local, a despeito das dificuldades ali encontradas. Circunstâncias adversas somavam-se umas às outras e o cenário era desanimador. Demorou tempo considerável, até o que olhar mudasse e as dificuldades fossem consideradas como chances para o desenvolvimento como ser humano. Comprovou-se, assim, que a água desejada estava, de fato, o tempo todo sob os meus pés.
"Seja a mudança que você deseja ver no mundo" (Gandhi)
Aprende-se o caminhar desde cedo; nossos pés nos levam adiante, sempre que desejarmos. O mais difícil, entretanto, é caminhar por entre uma mesma paisagem e vê-la de forma desolada. Onde há escombros se faz necessário a reconstrução, a renovação, a redescoberta do verdadeiro valor inerente. Por desconhecermos o aspecto exterior de um diamante bruto, é possível confundí-lo com qualquer outra pedra, sem valor qualquer. No entanto, cabe treinar ao olhar para que as oportunidades não sejam tomadas como pedras a atravancar o caminho. Mudou o meu olhar, mudou o mundo ao meu redor.
Um momento, entretanto, sempre se constrói a partir do anterior e sucessivamente. Efetivamente, não temos domínio algum sobre o passado e algum, relativo, sobre o futuro, pois o estamos construindo nesse exato segundo. Ademais, sossegando o espírito cigano, aventureiro, de desejar encontrar água onde é mais visível (em geral, noutras paragens) se pode construir algo no exato local onde se está.
Nunca sabemos como exatidão se de fato iremos reencontrar a alguém, tampouco os caminhos que iremos percorrer na busca pela água. Mas o parâmetro da água, vale dizer, é o de Felicidade Sempre, pois sem água não temos a Vida e sem a Vida, não há qualquer perspectiva de felicidade seja onde for. Penso que a Vida é uma eterna despedida e que cada segundo vale muito pelo que é: o profundo desejo de Felicidade Sempre.
