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052 Talvez... Adeus!

Estava escuro e nos escutávamos
Silenciamos nossos medos
Juntos fomos até a luz do amor
para nos encorajarmos
Enquanto lado a lado
nos aquecemos em nossos sonhos.
Se estivéssemos juntos
riria ou até choraria de alegria

Acredito num "talvez"
o de não mais nos encontrarmos
Segue-se sensação de impotência
em face do inevitável
Recordo-me de suas vozes
o quão exatas foram elas

A entonação talvez denotou
o que a voz ríspida escondeu
Sinto o cálido toque das suas mãos
em aflitiva saudade
Onde me deixou entristeci
Em “adeus” é o seu som

Faço de cada segundo longe 
em teimosia uma tortura
Novamente falo em solidão
para não chorar de saudade.

A vida seguindo seu curso
natural ambiente adverso e hostil
Nele caminho percebendo a falta
de alguém em minha vida

Não seria nada de esplêndido
se não fosse esse sentimento
Ela seria uma pessoa comum
mas não a vejo assim

Atitudes corriqueiras
fatos talvez rotineiros
valor maior
Ela surge natural e para mim
ainda é de alguém especial

Em meio a alucinações irei
"talvez” encontrar novos sonhos
Por tal simples “adeus”
não há o que justifique
novos encontros.

4 comentários:

  1. Anônimo17.9.07

    Meu Deus... como me revejo nestas palavras... :')

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  2. [BLUE]MUITO LINDO ESSE POEMA OBRIGADO!!!

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  3. UM POEMA MUITO LINDO, OBRIGADO!!!

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  4. Anônimo21.12.10

    É isso aí... como na letra da música de Seu Jorge! Neste trecho... Faço de cada segundo longe, em teimosia, uma tortura. Novamente falo em solidão, para não chorar de saudade... Lindo demais, como pode a sensibilidade tocar tanto uma lembrança que pensei que só fosse minha, quantas vezes você já chorou ao lado da pessoa amada, não por tristeza, mas por alegria: o amor é tão imenso que chega a doer. A dor da perda é tamanha que parece que vc não tem chão, não consegue respirar.
    Depois vai passando... e o coração vai acalmando e você sabe que não tem volta e sai ou vai em busca de algo... ainda não sabe o que ou quem!!!
    Carinhosamente... Anai

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Obrigado!

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