051 Das idas e vindas

Observa-se novo alvorecer, sem maiores sentidos;
Ao ler no horizonte, idas jornadas, insanas e revistas;
Pode-se pensar, em ledo julgar, e se desfazer rotas.
Tirar o brilho das tentativas, em vales venturosos?
Ensina-se, explica-se; é preciso viver e sentir cada trecho!
Apreender paisagens e olhares, retendo-os com emoção.
Segue-se ao desenvolver desta arte, o aprender a amar.
Um princípio, hoje longe, algo que começou num olhar.
Sobraram momentos, ora cicatrizados, no coração.

Lembranças confusas em sonhos intermináveis.
Desejos e saudades de olhares suaves e amáveis.
Houveram caminhos para trilharmos; direções opostas.
Claro! Paisagens com falsos olhares, sem referências!

Miragens exatas das próprias ilusões
e talvez, afinal, sejam apenas pesadelos!
Pessoas e sorrisos, trechos sem retorno;
Aos olhares idos, vindoiras e raras emoções.

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