Em que iguais não sejam só ausências
ou semelhantes sejam coincidências
O sentir seja real na falta das pessoas
a partir das experiências e colheitas
O resultado tal assim é dos desiguais
e de solidão preenchido na existência
Ao final quem haveria de se importar
se ao todo não se observa único amar
Eis que é apenas um ser na ignorância
de uma vida qualquer em tantas iguais
Em que a condição humana observada
leve aos semelhantes mais confiança
Em si mesmo assim como nos outros
haverá o sol de brilhar em esperança
Mas por enquanto é apenas lembrada
por habitar em comum nossos sonhos
Em algum lugar e ninguém se importa
com essa pintura ou com o escrito
pura inutilidade e tempo perdido