171 Ao tempo


São como névoas os engodos
Por instantes turvam a vista
Mas os ventos trazem os fatos
A visão deixa de ser turva
O Sol brilha tudo às claras
Aparecem as verdades nuas

Leves como as brisas matinais
Intensas como o calor do Sol
Se dá tempo ao tempo e em tempo
Areias e poeiras temos clareiras
Levantam-se e revelam-se ao solo

Do mágico pensamento vil crenças
Surgem das mentiras em vilezas
Há que se dar o tempo ao Tempo
Sem deixar de contribuir ao soprar
A densa névoa que ocupa o pensar
Insistindo em buscar pelo Sol